Por Ellen Moraes Senra
É comum do ser humano termos medo daquilo que desconhecemos e assim levamos a vida, quando algo novo se anuncia estranhamos a tal ponto que podemos até mesmo vir a paralisar.
Com os transtornos mentais e de ordem psicológica não é diferente. Quando nos deparamos com alguém que apresenta sintomas diferentes daqueles que já conhecemos tendemos a ser taxativos, ou pior, suspeitamos da veracidade dos mesmos. É isso o que enfrenta boa parte dos pacientes clínicos, diante de sintomas psicológicos as pessoas costumam taxá-los de acomodados ou mesmo de mentirosos, perdi a conta de quantos pacientes já chegaram e relataram que alguém questionou se eles já tentaram não ficar ansiosos, ou falaram que se levantassem da cama, tomassem um banho e resolvessem ser felizes tudo estaria resolvido. Outra coisa que perdi a conta foi do número de vezes que alguém me perguntou se existe mesmo “essa coisa” de ansiedade ou depressão.
Gente, precisamos sair do cômodo lugar do observador e começar a praticar o princípio da empatia, pois é isso que tenho visto, as pessoas somente validam os sintomas psicológicos quando alguém de seu convívio ou elas mesmas chegam a sentir algo e acredito que não seja esse o cenário correto.
Uma das minhas intenções ao criar o site foi justamente elucidar as pessoas de que os problemas existem, eles são reais e podem gerar muito sofrimento a quem os tem e a seus respectivos familiares. Perguntem a si mesmos se diriam a alguém que sofre de pneumonia que não devem ficar deitados numa cama ou se questionariam alguém que acabasse de perder um ente querido o porque dele chorar tanto, acredito que a resposta seja não para ambas as perguntas e é disso que se trata, só porque não conhecemos determinada coisa ou porque determinados sintomas não podem ser exatamente quantificados não faz com os mesmos não sejam reais.
Convido-os a refletir e a mudar de atitude, isso pode fazer toda a diferença.
Até a próxima!