Texto publicado pelo blog Temos que Falar Sobre Isso
Recentemente, ainda nessa semana, eu passei por aquele tipo de situação que nenhuma mãe gostaria de passar: ver o filho doente.
Saí para trabalhar e deixei meu filho com a avó como de costume, mas ao retornar para buscá-lo ela me disse que estava achando que ele estava muito quente e já tinha dado um banho, mas como não tinha termômetro ao alcance ela não havia dado nenhum remédio ainda. Imediatamente coloquei o termômetro e ele estava com 38 graus de febre, nem preciso dizer que já me senti fraca naquele momento, pois sabia que não poderia fazer com que ele não passasse por aquilo, foi a primeira vez que ele adoeceu e como não tinha nenhum outro sintoma, desconfiamos que fosse dente, pois ele está colocando muitos ao mesmo tempo.
Logo que possível eu entrei em contato com a pediatra e foi aí que começou o meu problema, ela me orientou a medicar para febre e observar se apareceria algum sintoma secundário, até aí tudo bem. No dia seguinte acordei com meu filho chorando, o que não é comum já que ele sempre acorda sorrindo, daí eu já sabia que havia algo errado, coloquei o termômetro e 38,5 de febre, fomos juntos para um banho logo após o medicamento e entrei novamente em contato com a pediatra, mesma orientação. No decorrer do dia ele foi piorando, a febre voltava e ele não estava se alimentando, novamente entrei em contato com ela e a mesma orientação me foi dada, a essa altura eu já não acreditava mais em ser febre por causa do dente, desconfiei de garganta já que meu filho ama comer e não conseguia fazê-lo, mas como a pediatra estudou para cuidar da saúde das crianças e eu não, resolvi seguir as orientações.
1:30hs da manhã eu acordo com meu filho chorando muito, acreditei ser fome e dei o leite ao que ele gritou, um grito de dor, não tive mais dúvidas, me vesti rapidamente e junto ao meu marido o levamos à emergência onde foi confirmada uma inflamação na garganta causada por vírus. Que alívio!
Alívio sim, pois não saber o que causava a febre me deixava em desespero, mas por outro lado me culpei imediatamente por não ter seguido o meu instinto desde o início e tê- lo levado assim que desconfiei que fosse algo mais sério.
Ainda sim entrei em contato novamente com a pediatra para informar o que estava acontecendo e a mesma me repreendeu por ter recorrido à emergência de um hospital e me recomendou que eu não passasse nenhum medicamento, sendo que a essa altura já havia medicado e ele já tinha conseguido mamar, foi então que veio a dúvida: seguir a orientação da pediatra que acompanha meu filho ou dar o medicamento recomendado pela médica que o examinou?
Resolvi seguir meu instinto e o mediquei, no dia seguinte comecei a ver meu filho voltar ao que era e a se alimentar normalmente, por isso nem preciso dizer que não me arrependo.
Toda essa história eu lhes conto aqui para dizer que instinto de mãe não é uma simples crendice, desde que o mundo é mundo ouvimos histórias e mais histórias que nos comprovam o quanto esse sentido é essencial para a mãe e para a criança, conheço histórias que quando levadas a sério chegaram a salvar vidas e outras que quando ignoradas levaram à perda, então eu lhes digo para que sigam seu coração, não se acanhem em dizer o que lhes passa na cabeça, pois ninguém conhece nossos filhos melhor do que nós, mães, que os carregamos dentro de nós e passamos tanto tempo quanto possível com eles.
Recado dado, falem muito sobre isso, sintam-se abraçadas e até a próxima!