Acredito que todxs já falaram ou ouviram alguém dizer “hoje eu não quero fazer nada”. Mas será mesmo possível não fazer nada? No mínimo estamos respirando, pensando, sentindo, dormindo etc. Mas se então estamos sempre “ocupados” por que o ato de procrastinar atrapalha tanto a rotina de algumas pessoas?
Diz o dicionário, que procrastinar é “adiar; deixar alguma coisa para depois, transferir a realização de alguma coisa para um outro momento; prorrogar para outro dia”. Sendo assim, se estamos sempre ocupados, adiar algo, procrastinar é escolher fazer uma coisa não importante e deixar de fazer o mais importante.
Exemplos não faltam para ajudar nessa reflexão, quantos relatórios da faculdade ou do trabalho que tivemos semanas para preparar e mesmo assim fizemos nos últimos dias que antecederam o prazo. Aquela função “soneca” que acrescenta cinco minutos de sono, já é um modo de iniciarmos o dia procrastinando.
Apesar de se tornar um hábito na vida de algumas pessoas devido às frequentes repetições, procrastinar é uma escolha, ainda que envolvam aspectos genéticos do organismo, a educação que o indivíduo recebeu, a expectativa de vida e a cultura que está inserido. Você pode optar ou não por resolver algo com planejamento ou “empurrar com a barriga” e deixar para a última hora.
Todxs temos o direito de decidir adiar algo em detrimento de outra coisa, e não há problema nisso, quando algo exige uma maior atenção e em consequência temos de abrir mão de alguns momentos de lazer para finalizarmos o projeto ou o contrário quando o lazer ganha seu protagonismo, e talvez seja até necessária uma pausa nessa correria do dia a dia. O problema é quando isso passa a ser regra na vida, aí passamos a adiar a reunião dos amigos, o projeto do trabalho, o relatório da faculdade, as férias com a família e tudo vai ficando para depois. É preciso encontrar o equilíbrio, como em quase tudo na vida.
Na internet e livros existem diversas dicas que podem te ajudar a diminuir a procrastinar as atividades. Mas o prazer em deixar pra depois em certos casos graves pode ser um problema difícil de ser solucionado sozinho. Caso esteja tendo dificuldade de priorizar ou terminar as suas tarefas, é sugerido um tratamento psicoterapêutico.